sábado, 9 de dezembro de 2017

SEU NOME É SEGREDO!



... um dia
conheci uma mulher, ainda virgem
depois dos vinte,

e mulheres
virgens depois dos vinte,
não sei por quê, costumam ser
muito bravas;

e eu fui como mineiro,
comendo pelas beiradas, no elogio
e no bom trato, para ver se, a uma hora,
conseguia arrancar um pedaço.

um ano depois,
em um muro, um grande amasso,
haste rígida querendo furar a cueca
e a calça,

incontroláveis mãos bobas
tateando peitos e xota por cima da calcinha
e da saia enquanto as bocas
se lascavam.

Tst. Entrou,
o dentro entro ao lado da calcinha
e tocou aquela delica
molhada

ao que,
como resposta, tomei imediatamente
um baita tapa na cara e um sonoro
“Filha da puta, quem pensa
que sou, some daqui!”.

Saí dali com lágrimas
nos olhos, mas com uma convicção
pela qual lutei nos próximos
anos:

hoje esta mulher
e meus filhos têm meu sobrenome!

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