O niilista parece que foi parido, crescido e moldado nas
chuvas e nas sombras, de modo que nem encontro palavras para dizer sobre tal
poema, feito em homenagem a ele. Eu preciso dizer que o niilista, o Thor
Menkent e o Péricles, todos eles foram abençoados com o conhecimendo da Flor de
Inverno.
Eu preciso, e tu sabes disso, deixar claro para todos que, se
sou poeta (ruim, bom ou razoável), se me fiz filósofo para estudar os grandes
mestres e contra eles por minhas ideias, dissecando o Ser e se ousei tentar
desvendar os segredos do Cosmo, como as singularidades, a quântica, a energia e
a matéria escuras, os quasares, os pulsares, a infinitudes do tempo-espaço, a tentative
de visão do não possível fim numa sopa quântica infinita resultante da vitória
final da entropia sobre a gravidade.
Ah, e tanto, mas tanto mais que, depois que ela se foi, tenho
me sentido apenas um verme a ruminar caminhos comuns sem mais ousar a nada ou
sem mais encontrar quem ouse pisar além do muro sapiens para desvendar mistérios
dos quais ninguém ainda sabe.
Sim, eu preciso dizer que devo tudo a isso àmada Flor de
Inverno e que a cabaninha é eternamente dela por direito, mas que tamném,
deixando aqui neste mundo de coisa alguma tu, Flor do Deserto, foi a única que,
em vez de elucubrar, julgar, avaliar, acusar, atacar, estendeu-me as mãos e as
pétalas e ao deserto árido e angustiante foi me abraçar.
E que a cabaninha, enquanto eu povoar a terra, é tua
porquanto a quiseres frequenter (e não ligue para o que pensem ser uma
cabaninha ao lerem isso, eles não sabem de nada flor, eles perderam toda a puerícia
natural do entre as coisas).
Minha gratidão de coração.
Ana e Thor escolheram não se dividirem na terra, mas sim na
infinitude. És agora a Flor do Deserto que andas comigo.
Não sabemos do depois desta vida, mas quanticamente (dentro
de um infinito tudo é possível), somente após minha morte, eu partirei a varrer
milhões ou bilhões de mundo em busca dela e, em não se a achando, continuarei
amando-a em busca eternal.
Grato, Flor do Deserto!
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