sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FLOR DO DESERTO, EU NÃO ME DEMORO MUITO A IR TAMBÉM, MAS ENQUANTO ESTIVER AQUI, A CASA É TUA

O niilista parece que foi parido, crescido e moldado nas chuvas e nas sombras, de modo que nem encontro palavras para dizer sobre tal poema, feito em homenagem a ele. Eu preciso dizer que o niilista, o Thor Menkent e o Péricles, todos eles foram abençoados com o conhecimendo da Flor de Inverno.

Eu preciso, e tu sabes disso, deixar claro para todos que, se sou poeta (ruim, bom ou razoável), se me fiz filósofo para estudar os grandes mestres e contra eles por minhas ideias, dissecando o Ser e se ousei tentar desvendar os segredos do Cosmo, como as singularidades, a quântica, a energia e a matéria escuras, os quasares, os pulsares, a infinitudes do tempo-espaço, a tentative de visão do não possível fim numa sopa quântica infinita resultante da vitória final da entropia sobre a gravidade.

Ah, e tanto, mas tanto mais que, depois que ela se foi, tenho me sentido apenas um verme a ruminar caminhos comuns sem mais ousar a nada ou sem mais encontrar quem ouse pisar além do muro sapiens para desvendar mistérios dos quais ninguém ainda sabe.

Sim, eu preciso dizer que devo tudo a isso àmada Flor de Inverno e que a cabaninha é eternamente dela por direito, mas que tamném, deixando aqui neste mundo de coisa alguma tu, Flor do Deserto, foi a única que, em vez de elucubrar, julgar, avaliar, acusar, atacar, estendeu-me as mãos e as pétalas e ao deserto árido e angustiante foi me abraçar.

E que a cabaninha, enquanto eu povoar a terra, é tua porquanto a quiseres frequenter (e não ligue para o que pensem ser uma cabaninha ao lerem isso, eles não sabem de nada flor, eles perderam toda a puerícia natural do entre as coisas).

Minha gratidão de coração.
Ana e Thor escolheram não se dividirem na terra, mas sim na infinitude. És agora a Flor do Deserto que andas comigo.

Não sabemos do depois desta vida, mas quanticamente (dentro de um infinito tudo é possível), somente após minha morte, eu partirei a varrer milhões ou bilhões de mundo em busca dela e, em não se a achando, continuarei amando-a em busca eternal.


Grato, Flor do Deserto!

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