quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

AO DESERTO NÃO HÁ PÁSSAROS NEM FLORES EM DEMASIA



Mata os fantasmas que
povoam os porões de nossas mentes,

rasga as cartas
de amor que recebeste no passado,

esquece as genitálias
que te penetraram em quentes
e ardorosas noites de sexo
e de êxtase,

manda embora
os anjos assoberbados de roupas brancas,
luminosas auras e palavras demasiado
voláteis,

não dexes nada inacabado
do tipo que possa provocar orgasmos
mentais ou físicos tardios dos momentos
outrora vividos,

enterra o cibernetismo,
com suas poesias e com seus falsos puritanismos
que, às escondidas, vivem
a catar lixos literários

e promiscuidades
virtuais; e vai ao cão,
o segredo, que a ninguém será
revelado!

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