Ana,
que
culpas tiveste
de ser
uma humana jogada
no meio
dessas coisas reinauguradas
e loucas?
Que
culpa
tenho
eu, niilista sem alvoradas,
de
me ter sido jogado, do mesmo modo
abnormal,
no meios dessas coisas
reinauguradas
e loucas?
Que
culpa
têm
nossos semelhantíssimos
como
nós, com seus Daseins, tendo de lidar
com
o aí e no meio dessas coisas
reinauguradas
e loucas?
Ana,
que culpa
temos
de termos comido, bebido,
extasiado-nos
e gozado com as imagens
do mundo,
se é para isso que entre
elas
fomos jogados?
Nenhuma,
Ana,
mas
se me permites e se ainda,
de alguma
forma, podes
me ouvir,
devo
dizer
que
creio que, após esta passagem,
estaremos
muito mais espiritualmente
preparados
para um amor sincero,
sublime,
lear e sem mundanas
imagens!
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