terça-feira, 31 de outubro de 2017

NOTURNO



A noite
e suas silentes vagas,
e seus intransitivos escuros,
e seus incompreensíveis
segredos;

mas tão sublimemente
alheia a noite

 – e assim tão inocente –,

que não nos
resistimos a estuprá-la iluminá-la
com nossas sencientes

refulgências.

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