domingo, 29 de outubro de 2017

AMÁVAMOS MAIS QUE SUPUSEMOS, POR ISSO NOSSO ERROS NOS LEVOU AO TARDE E AO TRÁGICO DEMAIS, ANA!



... “Sou sua,
sempre fui sua, só sua
e serei eternamente só sua,
acredita em mim amor?”

dizia ela
como em uma oração repetitive
e convicta, enquanto guardava mentes,
corpos e paus escondidos
na bolsa.

“Sim, meu amor,
e eu sou teu, só teu, sempre fui
e serei somente teu, acreditas
em mim?”,

respondia eu
a ela, com as gavetas do quarto
dos fundos de imagens de todo tipo
trancadas e cheias.

E assim
nos amamos cegando-nos por
tolas e ilusórias escolhas, como dois fantoches
e nada mais que dois fantoches
tolos,

que diziam
um ao outro quando perguntados
sobre o que havia na bolsa e nas gavetas
trancadas do quarto dos fundos,

e ambos respondiam-se
a mesma coisa: é segredo!

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