sábado, 19 de agosto de 2017

SÓ COM A MORTE, NÃO HAVERÁ MAIS ESPERANÇAS



... eu estou
sedento e faminto
por purezas que nunca
tive

de mulheres
que apenas se diziam
anjos de luz:

eu estou
morrendo sem ter ainda
conseguido amar

sem ciúmes,
 desconfianças,
e sem chuvas,

como duas
pueris crianças a bricar
na rua;

e eu quero
um amor trancedental
ao fim da vida

(e espera-lo-ei,
mesmo que não venha)

que me ame
pelo que sou e por simplesmente
me amar

e que me
permita amá-la pelo que é
e por simplesmente

eu amá-la!

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