terça-feira, 15 de agosto de 2017

EU ERA ASSIM ANTES DE ME MORRER!



Ansiava
impossibilidades abstratas,

germinava
quimeras acetinadas,

ornamentava
nuvens calcárias,

fornicava
pétalas defloradas,

balouçava
palavras penduradas,

esgrimava
florescências avultadas;

tudo com incautas
máscaras engendradas,

em soberbas
atuações degeneradas.

E eis minha
passasa crista fotografada,

porque sempre fui ave
desgarrada,

e minha
alma que, sem rimas,
bailava,

não era nua nas vagas
do mundo.

onde em a caminhos
de sonhos e de pedras
trilhava,

sempre
a correr os riscos das
quedas;

tudo isso
e exata e estupidamente assim,
até o fatídico momento em que ficou
tarde demais e, para a morte,
a perdi na estrada.


Sei que nem nos falávamos muito devido ao descontrole do ego e da id, mas eu quero que saibas que, mesmo assim eu sinto demais tua falta.

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