... enquanto
se anda nesta existencial
ponte,
é sempre
tarde demais para tudo
é sempre
véspera de tudo,
e o mais
paradoxal e interessante,
é sempre
a hora presente
a de arrumar os cabelos,
a de se maquear,
a de se apresentar nos palcos,
a de ser lógico e louco,
a de ser anjo e demônio,
a de ser celibatário ou puto,
a de se endireitar a postura,
a de se curvar para pegar alguma pedra,
a de subir e de descer de telhados
de vidro,
a de fingir ser,
sem saber que sequer somos
as ilusões em que, no atual momento,
consideramo-nos como
reais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário