... em brevidade.
... pertenço à Católica. Sou cristão, portanto. É o
veículo que uso para exercer um pouco da espiritualidade. Exerço-a mais
solitariamente que frequentando templos humanos, claro. E ser cristão não me
impede de pensar. E concordar com Fernando Pessoa, quando ele diz que “Pensar é
essencialmente errar”, também não me impede de pensar. Aliás a razão é o que
nos fez diferentes e o pensar nos é imanente, e exige coragem para a ele não se
abdicar.
Portanto, mesmo pertencendo a uma, vou dar minha
opinião sobre as igrejas.
Prega a um Deus que não conhecem em todos os seus
desígnios e mistérios, pois Deus colocou intransponíveis obstáculos no Cosmo a
suas retinas sapiens.
Algumas doutrinas dizer que errar é humano e que o
homem é semelhança e imagem de Deus, proclamndo um paradoxo inexplicável, ao
Dizer que Deus é perfeito; pois, se errar é humano, e Deus é perfeito, não
comporta a imagem e semelhança um do outro.
As doutrinas também partem do ponto de que o ser já
nasce, cresce e se desenvolve com a condição do erro. É como se pecar fosse uma
imanência inevitável. Ele é pecador pelo simples fato de ter nascido; ao mesmo
tempo, as igrejas ensinam que devemos buscar a perfeição, a paz e a
sublimidade, o que configura, enquanto humanos, na busca de uma libertação
impossível, claro, uma vez que ela só possa haver, de acordo com a fé, cessando
a existência humana.
Então, as igrejas, dão a grande sacada. Quando
morrermos vem tal libertação e redenção, como se pudessem ver ou antecipar o
apagamento, ou como se pudesse ter descoberto os verdadeiros desígnios do que
chamamos de Deus.
Um erro inevitável, pois que errar realmente é humano,
devido a suas abnormais retinas que reinauguram, a seu modo, tudo que veem ou
pensam.
Mas, ao fundo, Deus não tem o nome Deus. E nada tem o
nome que lhe damos no Cosmo.
Deus, portanto, pode, sim, ser tudo que o ser dele diz
e pensa. E certamente é também o que o ser dle não pode ver ou pensar ou
sentir.
Deus pode, sim, ser o nada; pois o nada não pertence
mais o ser com sua espiritualidade, mas o nada pertence também a Deus
(Salientando que o Deus humano não existe, como o humano o prega e vê. A
palavra Deus não serve, não justifica o que promove a vida, a morte, o que é do
ser e o que dele não é.
A visão é tão grande e extraordinária que, toda vez
que falamos de Deus (mesmo dizendo que ele é tudo e o infinito) não se encaixa,
pois ele também é a transcendência e mais que o tudo e o infinito que podemos
imaginar, sonhar ou falar.
Dizer que Deus é tudo e está em todos os lugares é a
visão humana. E Deus é também muito mais, porque a visão humana está aprisionada à sua
infinita grande barreira, enquanto tal ente está nela, no apagamento e em
qualquer coisa que haja ou não haja, que exita ou que não exista, que esteja na
ponte existencial ou fora dela, no que podemos ver ou imaginar ou no
simplesmente NADA!
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